quarta-feira, 30 de março de 2011

O CONTO DA PEQUENA BRUXA



I - O NASCIMENTO DAS GÊMEAS.




Era uma tarde chuvosa, tempestuosa, quando no sítio da família Andrade, Tereza, grávida de 9 meses começou a sentir as dores do parto.


Tentou ligar para o trabalho do marido quando percebeu que o telefone não tinha linha, estava mudo devida tempestade.


Nem cogitou pedir ajuda dos visinhos, pois o mais próximo morava a quase três quilometros de distância.


Começou a desesperar - se, afinal era a primeira gravidez, e não tinha a menor experiência prática, sabia somente o que os médicos e documentários ensinavam.


Ah! Se pelo menos a mãe estivesse viva, certamente estaria ao seu lado neste momento.


O marido era maravilhoso, mas precisava trabalhar, tinham uma vida confortável, porém não eram ricos, precisavam do dinheiro do marido, principalmente agora que viria o primeiro filho.


Quando as dores e as contrações aumentaram, percebeu que não teria tempo até que o marido chegasse para leva - la para a maternidade, então banhou- se, colocou uma camisola limpa, apanhou toalhas e uma tesoura, e então deitou - se em sua cama.


As dores eram insuportáveis, o suor escorria pela testa, tentou resistir mas não conteve os gritos, as dores eram tamanhas, a vista começou a escurecer, sentia como se as luzes estivessem sendo apagadas e acesas, repentinamente nada mais viu.


II- A GRANDE SURPRESA


Já passava das seis e meia da tarde quando Francisco chegou em casa. Abriu a porta e chamou por Tereza, preocupou - se quando a esposa não respondeu e não veio como costumeiramente, correndo para abraça - lo e dizer que estava morrendo de saudade. Procurou - a pela sala, pela cozinha, mas foi ao entrar no quarto que viu Tereza deitada sobre a cama com os cobertores e lençóis encharcados de sangue, e ao seu lado dois lindos bebês.

Francisco não conteve a emoção ao perceber que ao invéz de uma, havia duas crianças, mas o momento de apreciação foi breve pois preocupado com o estado de Tereza passou a chama - la com desespero.

- Tereza.........Tereza.......

Como por um passe de mágica a esposa que estava apenas adormecida o respondeu com calma:

- Amor? Você viu nossas meninas? Elas não são lindas?

Francisco sentiu um enorme alívio ao perceber que a esposa estava consciente, beijou sua testa com amor e preparou a família para ser levada ao hospital.

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