quinta-feira, 31 de março de 2011

A CAIXA MÁGICA E O MAR.





Há muitos e muitos anos, um solitário pescador, muito adoentado, não tinha mais forças para trabalhar e assim adquirir as provisões necessárias a sua sobrevivencia.


João o dono do armazém, seu melhor amigo preocupava - se com Antonio e por isto cuidava para que nada lhe faltasse mesmo sabendo que o amigo não poderia paga - lo.


Com muito pesar e com a doença em estado avançado, o velho pescador percebeu que já era hora de utilizar a herança que seu finado pai o havia deixado: "UMA CAIXA MÁGICA."


Foi ao armazém e contou a João que o único objeto de valor que possuia era uma caixa mágica que realizava desejos, mas que não poderia ser curado por ela, pois somente coisas materiais dela sairiam.


- João por favor aceite este presente como simbolo de minha gratidão, para usar a caixa você deverá bater nela uma vez e dizer "EU DESEJO......" e dizer em alto e bom som aquilo que desejar.


- Não Antonio eu não quero nada, tudo que te fiz foi por amizade, a sua gratidão já é o suficiente.


_ Eu insisto! Sinto que Deus me chama e logo estarei no céu. Quero que este presente que ganhei de meu pai esteja bem guardado. Aceite como ultimo pedido de um amigo moribundo.


João então, aceitou o presente do amigo e o guardou com suas coisas mais preciosas.


Dois dias depois o velho pescador morreu.


Alguns anos se passaram, e uma forte seca se abateu sobre a pequena vila e sobre toda a região, nada se colhia, os moradores procuravam desesperadamente por arroz que a meses não chegava.


João lembrou - se então da velha caixa e em ato de desesperou resolveu testar para ver se realmente funcionava embora não acreditasse.


Tomou a caixa em suas mãos bateu uma vez e disse:


- EU DESEJO ARROZ.


Nada aconteceu, João então pensou: Como pude acreditar em magia? É claro que não viria arroz de Céu. Onde eu estava com a cabeça?


Devido horário avançado João colocou a caixa em uma prateleira no armazém e recolheceu - se para junto da família.


Eram quase cinco horas da manhã quando a família acordou assustada com um barulho estridente e um abalo que parecia um terremoto.


Desesperados todos se levantaram, e assustados perceberam que a casa estava sendo invadida por grãos de arroz que vinham como enchurrada do armazém.


Com imensa dificuldade e em meio aos grãos de arroz João conseguiu alcançar a caixa, imediatamente deu três batidas e o arroz parou de brotar de dentro dela.


João ficou transtornado, e para proteger a família saiu com a caixa nas mão em disparada para o mar onde iria joga - la.


Chegando na beira mar encontrou com alguns marinheiros, e decidiu que daria a eles a amaldiçoada caixa:


-Marinheiro! Vê esta caixa? Ela é mágica, leve consigo e jogue a em alto mar ela é muito perigosa.


-Como assim perigosa?


- Se você bater nela uma vez e falar "EU DESEJO" e disser qualquer coisa que deseja, a coisa começa a sair de dentro dela sem parar, assim como uma praga.


- O marinheiro riu do velho senhor mais para acalma - lo aceitou levar a caixa, com a promessa de que jogaria em alto mar.


Naquela mesma noite, quando foi preparar o jantar, o marinheiro percebeu que haviam esquecido de embarcar a saca de sal.


Por brincadeira resolveu testar a caixa, bateu uma vez e disse:


-"EU DESEJO SAL"


No momento nada aconteceu, mas alguns minutos depois percebeu que a caixa estava cheia de sal, retirou o sal dali e o colocou em um pote próprio, então continuou a preparar o jantar satisfeito por não obrigar os companheiros a comerem comida sem sal.


O jantar fora servido às vinte e uma horas, as mesas da copa estavam cheias de marujos qundo um deles percebeu e assustado falou:


- Meu Deus o que é aquilo ? Parece que um pó branco está caíndo do armário!


O marinheiro que havia ganhado a caixa percebeu que o sal não parara de brotar da caixa.


Contou aos presentes o acontecido, e ninguém dali ousou duvidar, afinal todos estavam presenciando aquele sal aumentado sem parar.


Tenteram bater na caixa e pedir para o sal cessar, tentaram colocar peso sobre a tampa da caixa, fizeram várias tentivas mais o sal continuava brotando. Sem saber como agir resolveram então, jogar a caixa ao mar.


Dizem que a caixa está até hoje lá, salgando o nosso imenso mar, e se alguém lhe perguntar:


-POR QUE O MAR È SALGADO?


Você já sabe a resposta:


-A culpa é de um velho dono de armazém, que não ensinou aos marinheiros como fazer a caixa parar.




















quarta-feira, 30 de março de 2011

O CONTO DA PEQUENA BRUXA



I - O NASCIMENTO DAS GÊMEAS.




Era uma tarde chuvosa, tempestuosa, quando no sítio da família Andrade, Tereza, grávida de 9 meses começou a sentir as dores do parto.


Tentou ligar para o trabalho do marido quando percebeu que o telefone não tinha linha, estava mudo devida tempestade.


Nem cogitou pedir ajuda dos visinhos, pois o mais próximo morava a quase três quilometros de distância.


Começou a desesperar - se, afinal era a primeira gravidez, e não tinha a menor experiência prática, sabia somente o que os médicos e documentários ensinavam.


Ah! Se pelo menos a mãe estivesse viva, certamente estaria ao seu lado neste momento.


O marido era maravilhoso, mas precisava trabalhar, tinham uma vida confortável, porém não eram ricos, precisavam do dinheiro do marido, principalmente agora que viria o primeiro filho.


Quando as dores e as contrações aumentaram, percebeu que não teria tempo até que o marido chegasse para leva - la para a maternidade, então banhou- se, colocou uma camisola limpa, apanhou toalhas e uma tesoura, e então deitou - se em sua cama.


As dores eram insuportáveis, o suor escorria pela testa, tentou resistir mas não conteve os gritos, as dores eram tamanhas, a vista começou a escurecer, sentia como se as luzes estivessem sendo apagadas e acesas, repentinamente nada mais viu.


II- A GRANDE SURPRESA


Já passava das seis e meia da tarde quando Francisco chegou em casa. Abriu a porta e chamou por Tereza, preocupou - se quando a esposa não respondeu e não veio como costumeiramente, correndo para abraça - lo e dizer que estava morrendo de saudade. Procurou - a pela sala, pela cozinha, mas foi ao entrar no quarto que viu Tereza deitada sobre a cama com os cobertores e lençóis encharcados de sangue, e ao seu lado dois lindos bebês.

Francisco não conteve a emoção ao perceber que ao invéz de uma, havia duas crianças, mas o momento de apreciação foi breve pois preocupado com o estado de Tereza passou a chama - la com desespero.

- Tereza.........Tereza.......

Como por um passe de mágica a esposa que estava apenas adormecida o respondeu com calma:

- Amor? Você viu nossas meninas? Elas não são lindas?

Francisco sentiu um enorme alívio ao perceber que a esposa estava consciente, beijou sua testa com amor e preparou a família para ser levada ao hospital.

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