O BRASIL TAMBÉM POSSUI UMA GRANDE QUANTIDADE DE CRIATURAS MITOLÓGICAS.
DENTRE TANTAS A MAIS FAMOSA É O SACI:
O Saci é um negro jovem de uma só perna, portador de uma carapuça vermelha sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. A figura do Saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, dependendo da região do país.
Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Possui também, uma espécie de cachimbo.
É mestre em trançar crinas de cavalos, de forma que ninguém consegue desfazer, tornando - se necessário o corte da crina.
Experiencias pessoais me levaram a crer na existência deste ser que dizem mitológico, acompanhem a narrativa:
Tenho um tio chamado Dirceu, que tem como o passatempo mais querido a pescaria. Ele e meu padrasto sempre iam ao rio conhecido como Rio do Oscar para pescar lambaris e tabaranas.
Meu padrasto sempre me dizia que o Dirceu vivia atazanando o Saci, só pra ele ficar com medo, mas eu nunca acreditei, achava que era história pra provocar medo em mim na minha irmã e nos meus primos, até que um dia nas férias decidi ir ao rio com os dois, com minha mãe e com minha irmã.
Eu adorei a pescaria, pois estava dando muito lambari, mas foi só até o tio Dirceu pegar a sua blusa amarrar e começar a xingar o saci dizendo:
- Ô neguinho aleijado, cadê você? Neguinho fedido, eu amarrei seu gorro, quero ver o que você vai fazer. Vai carvãozinho pra outra mata que essa aqui já tem dono...
Enquanto o tio Dirceu falava estas coisas, começamos a ouvir uns assovios muito altos e estranhos, e os anzóis começaram a enroscar no fundo do rio simultaneamente. Tivemos muita dificuldade para tira - los, mas quando meu padrasto finalmente conseguiu, e foi a té a caixa de pesca para substitui -los pois todas as varas ficaram sem anzol, adivinhem......
Todos os anzóis haviam sumido tanto da caixa dele quanto do tio Dirceu. Não sobrou nenhum anzol.
Meu padrasto então nos falou:
- Podem começar a olhar nas coisas pois com certeza sumiu mais coisa.
Passamos a reparar, e vimos que havia sumido agasalho, comida, chaves, começamos a ficar com muito medo, e o tio Dirceu continuava com seus xingamentos. Repentinamente uma ventania começou na beira do rio. As arvores não paravam de chacoalhar, folhas caiam pra todo lado. Eu e minha irmão pequenas como eramos, ainda crianças, começamos a chorar então minha mãe e meu padrasto pediram ao ti Dirceu que parasse com aquilo.
A principio meu tio achou graça, mas ao perceber que realmente estávamos com medo passou a dizer:
- Saci, eu vou desamarrar seu gorro, mas só quando você desfazer a bagunça e devolver nossas coisas.....
Começamos a recolher as coisas que misteriosamente foram aparecendo, nos mesmos lugares onde havíamos acabado de procurar, meu tio então desamarrou seu agasalho, pegamos o retante das coisas e fomos embora.
Naquela noite tivemos que dormir no quarto da minha mãe, de tanto medo que passamos.
Como se não bastasse o episódio que me fez pegar medo de rio, tempos depois, pra provar que o saci não fica só em beira de rio e em matas, o tio Dirceu repetiu o feito em um churrasco em nossa casa, amarrando uma camiseta vermelha.
A propósito.....eu já vi crina de cavalo com trança feita por saci, não dá pra explicar,só mesmo vendo para saber...
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
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